A igreja
do primeiro século, pelo poder do Espírito Santo, tornou-se uma força
invencível para levar o Evangelho de Cristo aos lugares mais remotos da Terra e
conquistou almas para Deus em todos os locais do poderoso Império Romano, até
no palácio do imperador César, como se lê em Filipenses 1:13 e 4:22. No fim do
primeiro século, a espiritualidade da igreja já havia arrefecido (Apocalipse
2:4,15,20; 3:16-18). Era tão decadente o seu estado que, para cinco das sete
igrejas locais mencionadas em Apocalipse 2 e 3, a mensagem do Senhor foi:
“Arrepende-te” (2:5,16,22;3:3,19). Nos dias do imperador Constantino, já no
quarto século, a igreja foi tutelada pelo Estado, ganhando muita fama. Mas isso
fê-la perder espiritualidade e poder. A decadência continuou até que ela se
transformou numa organização humana na Idade Média (500-1500dC), em vez de ser
um organismo divino, como Corpo de Cristo, como revela o Novo Testamento. Como
já vimos, Martinho Lutero foi um homem que experimentou a presença poderosa do
Espírito Santo. Deus levantou esse baluarte cristão, por quem a doutrina
bíblica fundamental da justificação pela fé foi restaurada à igreja. Lutero foi
o instrumento de Deus para desencadear o Movimento da Reforma Religiosa em
1517.
Outros
movimentos avivalistas que se seguiram foram pelo Senhor usados para o retorno
de outras doutrinas essenciais, como:
a) O
avivamento liderado por Wesley – A doutrina da santificação.
b) Os
morávios – As missões.
c) O
Exército de Salvação – A evangelização e a acção social da igreja.
d) O
Movimento Pentecostal – A dotação de poder do alto, mediante o baptismo no
Espírito Santo, com a evidência física inicial no falar noutras línguas pelo
Espírito, como ocorreu quando o Senhor Jesus baptizou os salvos pela primeira
vez, em Jerusalém (Atos 2:1-4). Um exame da história, do ponto de vista
religioso, mostra que os trinta anos que precederam o século XIX (1870-1900)
foram, na igreja cristã em geral, de declínio espiritual, de disputas
teológicas acirradas e vazias, de enfraquecimento na fé cristã, de
“cristianismo” formal, de rejeição do sobrenatural, de profissionalismo
ministerial, de inactividade na evangelização do mundo e de conformismo quanto
à frieza espiritual. Ao mesmo tempo, em diferentes pontos do globo, pequenos
grupos de homens e mulheres, movidos por Deus, confessando os seus pecados com
arrependimento, clamavam a Deus em oração e jejum por um avivamento de busca da
Palavra de Deus, de tristeza e repúdio pelo pecado – um avivamento de santidade
e de derramamento de poder do alto para reavivar a igreja. Entre muitos líderes
da igreja de então reacendeu a convicção de que há para o crente um baptismo no
Espírito Santo subsequente à conversão como afirma Actos 1:4-5. Surgiu também,
no íntimo deles, um incontido clamor pela evangelização do mundo, mediante
missões estrangeiras, bem como a busca das operações sobrenaturais de Deus,
como é o caso da cura divina e demais milagres, segundo as Escrituras. Já nesse
tempo de sequidão espiritual, como regista a história, houve, em diferentes
pontos do globo, muitos casos de cura divina e baptismo no Espírito Santo, com
a manifestação de línguas estranhas.
Fonte:
Mensageiro da Paz (CPAD) de Setembro de 2007